Thursday, March 13, 2008

Eleições na Espanha


INFORMATIVA


ALIANÇAS DO PSOE COM OUTROS PARTIDOS SERÃO NECESSÁRIAS
Zapatero vence, mas partido não alcança maioria absoluta no Congresso

No domingo (09 de março), os eleitores espanhóis reelegeram Jose Luiz Zapatero, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). O partido, porém, não alcançou 176 cadeiras no Congresso, o número necessário para que fosse maioria absoluta. Com 169 cadeiras – cinco a mais que na eleição anterior –, Zapatero terá de fazer alianças com outros partidos para poder governar.

O Partido Popular (PP) também aumentou seu número de cadeiras de 148 para 153. Com os dois maiores partidos do país ocupando 322 dos 350 assentos, a Espanha estará mais bipartidária. Cada um dos partidos menores não garantiu mais que 10 lugares no Congresso.

Abstenção
Cerca de 25% dos espanhóis deixaram de votar no pleito de domingo (09). A abstenção é aproximadamente a mesma de 2004.

Imigração
O Ministro da Justiça no Brasil, Tarso Genro, vê como positiva a reeleição de Zapatero. Segundo Genro, o presidente do governo espanhol tem boa e antiga relação com o presidente Lula. “Isso é positivo para as relações do Brasil com a União Européia e altamente positivo para as relações do Brasil com a Espanha”, diz.

No entanto, durante a campanha, nenhum dos candidatos ao governo da Espanha havia se mostrado favorável à facilitação da imigração. Embora as propostas do derrotado Mariano Rajoy (PP) fossem mais drásticas, a ponto de ter sido acusado de xenofobia pelo adversário; Zapatero também afirmou que combateria a imigração ilegal durante seu mandato.

Problemas com a imigração entre os dois países se tornaram comuns. Em 2007, a Espanha impediu a entrada de aproximadamente 3 mil brasileiros no país. Apenas na quarta-feira (05) anterior às eleições, trinta brasileiros foram barrados no aeroporto de Madri.



INTERPRETATIVA

PSOE PRECISARÁ DO APOIO DE PARTIDOS MENORES
Os socialistas vencem, mas o número de cadeiras obtidas no Congresso não é suficiente para lhes dar autonomia nas decisões

O resultado das eleições espanholas, ocorridas no domingo (09 de março), manteve o socialismo no poder. Jose Luiz Zapatero, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) foi reeleito, e o partido conseguiu aumentar seu número de assentos no Congresso: de 164 cadeiras, conquistadas em 2004, passaram a ocupar 169 dos 350 lugares. Para estabelecer maioria absoluta, porém, precisariam de 176 representantes no Congresso espanhol.

O principal adversário do PSOE, o Partido Popular (PP), aumentou seu número de cadeiras no Congresso na mesma quantidade em que o partido vencedor. O PP passou de 148 para 153 assentos. A divisão quase equilibrada do Congresso entre os dois maiores partidos do país torna a Espanha ainda mais bipartidária, pois 322 das 350 cadeiras serão ocupadas pelo PSOE e PP. Isso faz com que os partidos menores sirvam apenas de apoio para a decisão dos grandes; o mais bem sucedido dos piores colocados terá apenas 10 lugares.

Abstenção
A parcela da população que não compareceu às urnas fez diferença significativa para o resultado. A abstenção foi de aproximadamente 25%, a mesma computada nas eleições de 2004.

Imigração
Nem Zapatero, nem seu adversário derrotado Mariano Rajoy (PP) se mostraram possíveis facilitadores da imigração na Espanha, durante suas campanhas. A vantagem da vitória do PSOE reside no fato de que Zapatero pretende ser menos drástico em suas atitudes; ele disse apenas que vai combater a imigração ilegal durante o seu mandato, o que pode significar manter a rigidez dos requisitos de entrada no país. O candidato eleito havia acusado seu adversário por xenofobia, visto as promessas de Rajoy acerca da imigração serem bem mais severas.


Para o Ministro da Justiça no Brasil, Tarso Genro, a vitória de Zapatero na Espanha é positiva para o diálogo entre os países. Apesar da posição do presidente do governo espanhol a respeito da questão imigratória, Zapatero e Lula têm uma boa e antiga relação, segundo Genro. O Ministro considera esse um fator facilitador das negociações. “Isso é positivo para as relações do Brasil com a União Européia e altamente positivo para as relações do Brasil com a Espanha”, diz.

Problemas entre o governo espanhol e os imigrantes têm ocorrido com freqüência, e se agravaram no período próximo ao pleito. Na quarta-feira anterior às eleições, dia 05 de março, trinta brasileiros foram impedidos de entrar no país. Na totalidade do ano de 2007, a Espanha impediu a entrada de aproximadamente 3 mil imigrantes do Brasil.



OPINATIVA

SOCIALISTAS NÃO SERÃO AUTO-SUFICIENTES
Apesar da vitória de Zapatero, o PSOE não alcança a maioria absoluta no Congresso

Jose Luiz Zapatero segue no governo da Espanha, conforme mostrou o resultado das eleições do domingo (09 de março). O candidato do Parido Socialista Operário Espanhol (PSOE) conseguiu se reeleger, mas seu partido vai precisar da participação dos partidos menores nas decisões no Congresso. Mesmo tendo aumentado seu número de cadeiras – de 164 para 169 –, o PSOE ainda não é maioria absoluta. São necessários 176 assentos para conseguir esse feito.

Seu rival, o Partido Popular (PP), também aumentou seu número de cadeiras no Congresso. Coincidentemente, o acréscimo no número de assentos foi o mesmo do PSOE: cinco representantes a mais. Com 153 cadeiras, o PP segue atrás do partido do presidente.

O equilíbrio no Congresso significa uma Espanha ainda mais bipartidária. Com a recente conquista dos dois maiores partidos, o direito de ter mais representantes no Congresso, aos partidos menores restou um resultado quase trágico: nenhum deles passou de 10 assentos. Com a baixíssima representatividade, sua função será apoiar os grandões.

Essa situação talvez pudesse ser diferente, não fossem os 25% dos eleitores que deixaram de votar. Em 2004, quando Zapatero foi eleito pela primeira vez, o índice de abstenção foi praticamente o mesmo.

Imigração
Zapatero, enquanto candidato, avisou que seguiria no combate à imigração ilegal na Espanha, tema que tem sido motivo de debate. Na quarta-feira (05) anterior ao domingo eleitoral, 30 brasileiros foram impedidos de entrar na Espanha. Em todo o ano de 2007, o número de imigrantes brasileiros barrados chegou a 3 mil.

Mesmo assim, Tarso Genro – Ministro da Justiça no Brasil – considerou positiva a vitória do PSOE. Ele diz que Zapatero e Lula têm uma boa e antiga relação. “Isso é positivo para as relações do Brasil com a União Européia e altamente positivo para as relações do Brasil com a Espanha.” Espera-se que o fato realmente ajude a se estabelecer regras mais claras e justas, que permitam ao Brasil abandonar a política de reciprocidade que tem adotado.

Que é menos mal que Zapatero tenha vencido, em vez de Mariano Rajoy – candidato derrotado do PP – é verdade. Nisso Genro tem razão, visto que, se Zapatero pretende manter a situação atual, a idéia - e promessa – de Rajoy era piorar ainda mais o lado dos brasileiros. Suas decisões acerca da imigração eram tão drásticas que chegou a ser acusado de xenófobo pelo – então adversário – atual presidente do governo da Espanha.

2 comments:

Anonymous said...

Me da la sensación que el gallego Don Mariano Rajoy Brey ama y entiende más a Portugal

Anonymous said...

Los gallegos tienen mucha simpatia por Portugal y Brasil