Wednesday, April 23, 2008

Atrack volta à Argentina com nova formação

Igor Paiva, guitarrista da Atrack - banda de hardcore melódico de Porto Alegre/RS - fala sobre a nova formação do grupo e a turnê na Argentina.


NOVA FORMAÇÃO

A Atrack mudou recentemente de formação. Podes falar um pouco disso?

Sim! Era algo que já estavamos pensando havia um bom tempo. Foi um tanto estranho materializar o que já pensávamos desde o início de 2007 pois sempre que abordávamos o assunto tratávamos como uma piada. Foi então que a concepção surgiu de forma real no momento que entramos em estúdio e iniciamos a tocar as músicas nóvas. Pressentimos que o vocal do Felipe não soaria tão bem quanto nos trabalhos anteriores. Foi então que surgiu a Chris no nosso caminho.

Como foi o processo pra encontrar uma pessoa que se encaixasse bem em um estilo de som que a banda já fazia?a

Na verdade, deixamos sempre bem claro que seríamos radicais na mudança que faríamos. Foram 10 anos de Hardcore e Punk Rock melódicos. Sentimos a necessidade da mudança mas reservando a essência. Fizemos alguns convites mas não chegamos a realizar "testes" com as pessoas que convidamos, até porque algumas sentiram-se um tanto intimidadas...

Tudo foi uma questão de não estar-se aberto para o novo. Felizmente a Chris aceitou o desafio. Sabiamos que ela já tinha uma outra Banda (Blasé) e procuravamos uma mulher com as caracteristicas dela: na nossa faixa etária de idade, timbre de voz, e presença. Pensamos em tudo isso para evitar rotulações que são inevitáveis. Para nossa sorte ela aceitou o desafio e está mandando muito bem pois tem uma personalidade forte e gosta de desafios.


ARGENTINA

Vocês voltaram recentemente da Argentina, e essa não foi a primeira vez que estiveram lá. Podes me falar sobre tocar no exterior e sobre como foi esta última turnê, já com a Chris?

A Argentina é uma vibe diferente daqui do Brasil. O povo lá é bem menos preocupado com algumas coisas com que os brasileiros se preocupam muito. Além de cordiais e demostrarem um respeito enorme pelos brasileiros, os argentinos são devotos do underground no sentido mais roots da palavra. Aqui temos uma galera mais preocupada em aparecer no cenário e valorizar o que é vindo de fora. Típico de um cenário onde 80% do público que frequenta os shows são formados por pessoas de bandas.

Lá não funciona dessa forma. Os shows são baratíssimos para se frequentar. As pessoas comparecem e assistem a todas as bandas.

Fomos muito bem recebidos nas duas vezes. A primeira marcou uma grande presença para o nome da banda nos lugares em que tocamos. Digo com toda certeza que dessa vez agregamos mais e a Chris foi grande responsável por isso, pois, teve um país de lingua diferente como show de estréia e nas 4 apresentações mandou muito bem sem se importar com fatores extra. Tenho certeza que por outubro/novembro, quando voltarmos, será ainda melhor e agora com uma identidade já estabelecida.

Rolou um intercâmbio com bandas de lá, para que venham tocar no Brasil?

Está para rolar! Creio que os nossos amigos do Desperta Tu Miente virão até o final do ano. Outros grandes amigos de uma banda chamada Inadaptadoss vieram recentemente e fizeram uma tour com o pessoal da Jay Adams. Creio que assim as coisas vão acontecendo. A verdade é que existem bandas muito boas na Argentina. Deveríamos dar mais atenção a um cenário que é bem interessante como o deles, até porque é bem surpreendente o quanto eles conhecem do cenário brasileiro.


MÚSICAS NOVAS

As faixas do single "Eu, cinema" estão no MySpace; já existem planos para CD novo?

Sim!!! Serão 10 faixas inéditas. Estão quase todas prontas. Faltam apenas alguns arranjos para a voz. Acreditamos que até o final de maio estaremos com tudo pronto!

Vai rolar turnê de lançamento?

Acreditamos que sim! Tem algumas coisas já sendo marcadas para o segundo semestre já. Aos poucos estamos enchendo a agenda!


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