Monday, May 5, 2008

Cada um cuida do seu portão

Internet permite a todos serem gatekeepers

Mesmo em uma época em que os donos de jornais não se envolvem tanto com a produção do periódico, a lógica e os interesses da empresa de comunicação atam os jornalistas. Não é sobre tudo que se pode falar, não é tudo o que se pode falar sobre alguma coisa.

Ético ou não, é ingenuidade acreditar que nenhum fato foi omitido e que o jornalista se manteve imparcial na busca por informações. Sabe-se também que isso normalmente não depende da vontade do repórter - o gatekeeper está aí para isso: dizer o que pode e o que não pode.

Com a popularização do jornalismo online, foram se tornando comuns os blogs jornalísticos. Ainda que até a definição de blog possa ser um tanto questionável, sites do gênero - que também se dizem jornalísticos - vão sendo criados, não apenas por jornalistas.

Em artigo, Carla d'Aiola diz que em todo momento em que há uma seleção, quem está selecionando é o gatekeeper. No caso dos blogs, que podem ser "veículos de um homem só", toda a seleção se concentra no blogueiro. Assim, ali ele pode publicar o que quiser sobre o que quiser (embora em alguns casos seja prudente preservar sua identidade, de forma a preservar também seu emprego).

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