O evento é o projeto experimental de duas alunas do curso de Publicidade e Propaganda. A intenção de Lorena Trápaga e Priscila Krolow é explicar o que é esse tipo de marketing. "Quando se fala em propaganda, as pessoas sempre pensam em televisão, anúncio no rádio", diz Trápaga.
Alexandre Godoy, responsável pelo planejamento e gerência de projetos da Mazah, diz que o atual estilo de vida do consumidor exige uma mudança de estratégia. "As opções, antes estanques (radio, tv, jornal, outdoor), hoje são multifragmentadas. O consumidor tem controle remoto na mão, anti-pop up no PC, dial na direção e uma crescente rejeição a propaganda." No marketing de guerrilha "tu fazes parte da mídia, porque sem o público ele não faz sentido", segundo Trápaga. Para ela, o fato de interagir com a mídia é marcante para o consumidor.
Embora ainda não seja um formato largamente utilizado, o primeiro registro do termo é de 1982, quando foi publicado o livro Marketing de Guerrilha. O autor, Jay Conrad Levinson, diz que pequenas empresas empreendedoras são diferentes de empresas grandes. Por isso - e pelo orçamento limitado - devem buscar outras formas de marketing, não-convencionais. Uma das características do marketing de guerrilha é o custo baixo. "É fácil ser criativo com custo alto", diz Trápaga.
Criatividade inversamente proporcional ao custo?
O publicitário Gabriel Klein concorda com Trápaga. "Quando não há verba, temos que usar da criatividade para aparecer. É muito fácil fazer propaganda quando se tem verba: atola-se a mídia e compra-se espaço em todos os lugares." E foi a falta de recursos que levou Klein a divulgar um dos curtas que dirigiu através de ações de guerrilha.

O feedback da divulgação pôde ser notado através da Internet. As visitações ao blog do filme aumentaram depois das ações de guerrilha. Atualmente, o número de acessos ao curta no YouTube é de 4.869, e a comunidade do filme no Orkut tem 120 membros.
Divulgação adequada
No caso da palestra, não poderia ser diferente. Nada mais adequado que o próprio marketing de guerrilha para anunciar o evento aos alunos da Comunicação Social, que engloba os cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Design de Moda e Produção Fonográfica.
Dia 19 de maio, os alunos poderão não apenas assistir à palestra, como também participar de um concurso. A proposta é criar uma ação de guerrilha para um cliente ainda não divulgado. O vencedor da competição ganha um estágio voluntário de um mês na Mazah - Live Marketing e pode ter sua criação executada pelo cliente. Todos os participantes do concurso ganham certificado.
Ainda falta guerrilha na academia

Embora estudantes utilizem ações de guerrilha para divulgar seus projetos, o tema ainda não é muito discutido na sala de aula. "As discussões sobre marketing de guerrilha praticamente não existem", diz Costa, que atribui o espaço que o assunto vem ganhando na universidade a iniciativas dos alunos.
Para Godoy, o motivo da ausência dessa discussão nada tem a ver com a "idade" da prática. "Quem diz que a guerrilha não está na academia porque ela é uma 'disciplina nova' está enganado. A questão é que a guerrilha sempre foi marginalizada enquanto as estratégias convencionais funcionaram." Para o publicitário, o estudo das ações de guerrilha na universidade pode fortalecer a prática, já que na sua opinião a faculdade não deve formar diretores de arte ou redatores, "ela tem que formar criativos."
Fotos: Karina Peres
2 comments:
ADOREI ;D
a minha cara tá algo na foto!! hauahuha
:D
Post a Comment